O primeiro pilar para implementar e sustentar a dinâmica sinodal de renovação eclesial, desde o indivíduo à dimensão comunitária, como a diocese e as paróquias, consiste em priorizar a oração e a vida espiritual.
Não é uma novidade! Contudo, ainda há um longo itinerário a percorrer, para constatarmos a efetiva primazia espiritual, em todos os cristãos e em todas as comunidades (paroquiais).
«Há que ter em conta onde se encontram as pessoas na sua viagem espiritual». É com esta afirmação do presbítero Gary Kastl que o estudo Grandes Paróquias Católicas inicia o capítulo dedicado à análise dos processos de crescimento espiritual em 244 paróquias «vibrantes».
Oração e vida espiritual é um dos trilhos do Caminho de Páscoa, ou seja, dois tópicos a considerar com atenção, na dinâmica pastoral das paróquias da Arquidiocese de Braga, nos próximos anos (no horizonte de 2033).
A propósito da vida espiritual, como primeiro passo e ponto de partida, impõe-se a seguinte questão: O que (e como) fazemos para alimentar a vida espiritual dos paroquianos?
Na opinião daquele presbítero estadunidense não se pode dar um bife a quem está habituado apenas a comida para bebés. Por isso, a paróquia precisa de oferecer vários tipos de «comida», tem de ser capaz de sugerir programas que alimentem a vida espiritual, conforme a capacidade de cada pessoa. «Nem toda a gente estará preparada para participar num estudo bíblico em profundidade, que te dá trabalho de casa, que dura hora e meia, durante vinte e quatro semanas. Mas talvez estejam dispostos a participar em alguma coisa, durante uma hora, uma vez por mês».
A maioria, os que somos batizados desde a infância e fizemos o percurso de iniciação à fé através da catequese para crianças, podemos estar «distraídos, colocando o nosso crescimento espiritual em piloto automático», refere William E. Simon Jr., responsável pelo estudo. Por exemplo: «Quando começamos a considerar a nossa participação na liturgia dominical como o nosso seguro pessoal de que estamos de bem com Deus, perdemos de vista as nossas necessidades espirituais mais profundas». Então, é urgente começar por despertar o desejo, a «sede de mais»!
